Sem benefícios do seguro de vida da CBF aos familiares de Caio Júnior, os treinadores no país tentam mudar a situação com a aprovação de uma lei que leva o nome do ex-comandante da Chape, morto na tragédia aérea em novembro de 2016. A entidade que cuida do futebol no Brasil alega que apenas atletas vinculados ao Boletim Informativo Diário (BID) têm direito ao montante de 12 salários, mas a Federação Brasileira de Treinadores de Futebol (FBTF) contesta.
De autoria do deputado José Rocha (PR/BA), a emenda solicita que os contratos dos treinadores, auxiliares e preparador de goleiros sejam registrados na CBF e federações estaduais – o que permitiria que Caio Júnior tivesse direito ao seguro -, cursos de qualificação tenham a anuência da entidade e que os responsáveis por quebras de vínculo arquem com os custos da rescisão, seja clube ou profissional, entre outras. O projeto já tem a aprovação das comissões de esportes e do trabalho, sendo encaminhado para de constituição de Justiça, na capital federal, último passo antes de ser votado na Câmara.
– Nós estamos pedindo que essa lei se chame Caio Júnior. Ela dará ao treinador um pouco mais de respaldo, que era uma luta minha e do Caio. Em homenagem a ele (Caio Júnior) estamos aqui fazendo esse manifesto. Que lá em Brasília os políticos possam aprovar uma lei que (a atual) está defasada. Que eles entendam que nossa luta é honesta, é leal e o que queremos é simplesmente nos equipararmos às outras áreas do futebol – disse o treinador da Chape, Vagner Mancini.
Na última quarta-feira, a Chapecoense o pagamento de 40 salários para as famílias de todos os jogadores mortos no acidente de 29 de novembro. Além dos 12 pagos pela CBF, a seguradora contratada pelo clube custeou 28 com base no cálculo de 12 meses, mais 13º e férias dobrado por se tratar de uma tragédia.
O montante não agraciou parentes das outras vítimas, que têm recebido diretamente do clube os valores referentes a bichos por vitórias, título da Sul-Americana, salários, entre outros benefícios. O seguro direcionado a funcionários com vínculo empregatício com a Chape foi pago pela Caixa Econômica Federal, no valor máximo de R$ 40 mil.
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